A solidão bate à porta.
Digo-lhe olá. Deixei-a entrar e fecho a porta...
Ainda antes de me virar para ela, penso se cometi um erro.
Provavelmente... sim.
Olho-a nos olhos. Ela sorri. Um sorriso de culpa.
Percebo o que quer dizer.
Lágrimas enchem-me os olhos.
Mas não correm...
Secam ainda antes de eu me aperceber que alguma vez elas lá estiveram.
A solidão olha para a janela.
Eu sigo lentamente o olhar.
E deparo-me com a saudade.
Baixa, amargurante, irónica.
Não gosto da saudade. Nunca gostei.
Desvio o olhar. A campaínha toca.
Não.
Não vou deixar entrar a saudade.
Peço à solidão para sair.
Ela cordialmente o faz. Beija-me a face.
Sinto o cheiro demasiado forte a perfume...
Áspero, demasiado asfixiante.
A solidão sai, eu encerro a porta.
Fecho as pressianas.
Deito-me no chão.
De costas para o tecto, sinto o frio a percorrer-me o peito.
Penso no que estas duas personagens me roubam sempre que espreitam.
Roubam-me um sorriso.
São prova do quanto preciso...
Porque preciso...
E preciso...
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